Hoje em dia, uma empresa já não pode deixar de marcar presença na esfera digital. Porém, nem sempre isso é uma tarefa fácil, como na hora de definir o investimento entre o tráfego orgânico ou pago, que podem apresentar várias diferenças técnicas.
Na verdade, o tráfego orgânico é considerado o oposto do “investimento”, já que ele é gratuito. Ocorre que não é possível obter bons resultados nessa modalidade sem investir bastante em conhecimento, estudos e tempo de prática.
Além do mais, ele é gratuito em termos de custos diretos com anúncios ou publicidade. Contudo, muitas empresas investem pesado em termos de desenvolvimento de conteúdo, como ao remunerar revisores, redatores e líderes de conteúdo.
Assim, manter o blog de uma academia de hidroginástica sempre em dia com as novidades, trazendo materiais que engajam o público e que seguem uma agenda editorial, pode não ser algo tão simples.
Já o tráfego pago, ele realmente é cobrado em formato de anúncios e de propagandas. Trata-se de um veículo de mídia que, embora seja inovador e totalmente ligado ao advento e disseminação da internet, tem muito a ver com os antigos.
Por exemplo, algumas das maneiras de cobrar do tráfego pago fazem lembrar a antiga publicidade. É o caso das impressões, que são contabilizadas sempre que uma página é exibida, mais ou menos como um panfleto que foi visto.
Na prática, a pessoa que via um panfleto podia ou não absorver aquele conteúdo. Na internet é o mesmo, a visualização não determina se a pessoa cometeu alguma ação ou se passou batido por aquele anúncio.
As diferenças começam no fato de que na internet é possível ir muito além, mensurando um número considerável de variantes e indicadores. Com isso, qualquer empresa pode emitir relatórios precisos que ajudam e muito nas ações, como veremos abaixo.
O mais bacana é que tudo isso é válido para qualquer segmento ou nicho de mercado, seja na hora de trabalhar com capa para violão folk ou com indústrias de petróleo. Por isso decidimos escrever este artigo, com várias explicações e dicas práticas sobre a área.
Então, se você quer aprender a tirar um melhor proveito do tráfego orgânico e do pago, sobretudo entendendo a diferença entre ambos e qual o melhor para sua empresa, basta seguir adiante na leitura.
O que exatamente é o tráfego orgânico?
A grande vantagem do tráfego orgânico é, como vimos acima, que ele não tem nenhum custo financeiro direto ou explícito. De fato, há casos em que é possível criar um blog ou perfil nas redes sociais e crescer, do absoluto zero até o sucesso.
Alguns dos influenciadores digitais estão aí para provar que isso é inteiramente possível, já que alguns deles simplesmente ficaram milionários, e fizeram isso com a ajuda de apenas um celular e um bom sinal de internet.
Contudo, é claro que essa não é a regra, daí que as empresas muitas vezes precisam investir seu tempo e outros recursos para conseguir sucesso. Na prática, trata-se de colocar o marketing de conteúdo em sua melhor performance possível.
Se uma empresa de café da manhã empresarial quer crescer deste modo, ela precisa criar conteúdos originais (não adiantaria de nada apenas copiar outros portais maiores) e que sejam realmente relevantes para o seu público-alvo.
A originalidade e a relevância, por sua vez, dependem de outros esforços maiores e mais abrangentes, tais como:
- Compreender as personas do público;
- Entender o mercado como um todo;
- Estudar os cases de sucesso da concorrência;
- Aplicar a linguagem específica do público;
- Criar conteúdos com constância e coerência;
- Dominar estratégias de otimização de página.
Enfim, há muitas técnicas que precisam ser levadas em conta. Uma das principais é essa de SEO (sigla para Search Engine Optimization), que é justamente a Otimização de Páginas Para Motores de Busca, da qual falaremos mais adiante.
SEO: por dentro da Otimização de Páginas
Até aqui, as vantagens do tráfego orgânico já devem ter ficado claras. As características também, mas existe uma que precisa ser aprofundada caso esta seja a melhor alternativa para a sua empresa: a da otimização de páginas.
Nas últimas décadas, o SEO simplesmente se tornou uma das siglas mais conhecidas do marketing e uma das estratégias mais famosas e promissoras do mundo.
A razão para isso é bastante simples: basta pesquisar algo como a palavra-chave “gaveteiro para arquivo”, e em menos de um segundo aparecem mais de um milhão de resultados, só para o Google Brasil.
Nenhuma empresa pode dizer que não tenha interesse em uma fatia desse bolo. Mas para se sair bem nisso, é preciso ter destaque na SERP (sigla em inglês para Página de Resultados do Mecanismo de Pesquisa), ranqueando bem suas palavras-chave.
Segundo dados do próprio Google Inc., no Brasil, 96% dos usuários não passam da primeira página de busca.
Ou seja, os melhores resultados estão ali, e mais especificamente entre os primeiros cinco resultados, dos dez que costumam aparecer na seção orgânica.
Vantagens e outros crescimentos orgânicos
Há ainda outros tipos de crescimento orgânico, atrelados não aos motores de busca, mas às redes sociais. Em alguns casos, também existe o elemento da palavra-chave, como em algumas plataformas de vlog e postagem de vídeos.
Em outras plataformas, como de fotos e imagens, o segredo pode estar no uso de hashtags. De todo modo, mesmo aqui o marketing de conteúdo continua se sobressaindo, pois no fundo sempre se trata de trazer materiais originais e relevantes.
Portanto, se a pessoa atua na área de táxi de luxo, por exemplo, o mais indicado é que ela invista em SEO e nos demais conteúdos, caso tenha expertise suficiente para isso.
Além do mais, é preciso considerar que o crescimento demanda algum tempo, acontecendo no médio e longo prazo, com o fortalecimento digital da marca, e não no curto prazo.
O que exatamente é o tráfego pago?
Diferentemente do orgânico, o tráfego pago pode se expandir para vários tipos de plataformas, que hoje incluem desde motores de busca e redes sociais, até marketplaces, redes de display, caixas de e-mail e até lojinhas de aplicativos.
É o caso do próprio Google, que permite tráfego em todas essas frentes, não se limitando apenas aos seus buscadores. Também por isso, ele exige uma série de conhecimentos técnicos sobre como fazer os impulsionamentos.
É muito comum ver algumas marcas não obterem o resultado que queriam e atribuírem o problema à modalidade de tráfego paga, quando a verdade é que sua aplicação é que é bastante técnica, e exige alguém especializado no assunto.
Se a empresa trabalha com serviço motoboy, por exemplo, cuja concorrência é bastante grande, o melhor é customizar os anúncios o máximo possível, segmentando todas as opções de acordo com o que a plataforma permitir.
Esta, aliás, é uma das grandes vantagens do marketing digital – o poder de segmentação. Hoje, é possível definir para quem e quando seu anúncio vai aparecer, configurando mais ou menos os seguintes pontos de uma campanha:
- Perfil de usuário;
- Região demográfica;
- Horário de acesso;
- Maiores interesses;
- Gênero e idade.
Ou seja, além de apenas ter os traços da pessoa, você pode configurar para que seu anúncio apareça apenas aos fins de semana, entre 9h e 18h, por exemplo. Ao contrário das antigas comunicações visuais, que eram fixas.
O benefício dos indicadores e das métricas
Até aqui, já ficou claro que não é concebível que uma empresa tenha algum orçamento para investir em marketing e decida abrir mão do tráfego pago. De fato, trata-se de um dos melhores investimentos financeiros que se pode fazer hoje.
Outra grande vantagem dessa modalidade são as métricas e indicadores que ela permite. Nunca foi tão fácil calcular, por exemplo, o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) de uma empresa de monitoramento virtual ou de qualquer outro segmento.
Com os relatórios de uma campanha, é possível ter detalhes dos créditos investidos, bem como da quantidade de leads que foram captados e evoluíram pelo funil de vendas.
Com isso, também é possível levantar o ROI (Retorno Sobre o Investimento) com maior facilidade. Assim, o tráfego pago dá os números de que você precisa para decidir se ele próprio está ou não sendo vantajoso.
Considerações finais
Se existe um conselho que se sobressai a qualquer um é o seguinte: no fundo, os dois tipos de tráfego, o orgânico e o pago, simplesmente se complementam.
Realmente, vivemos a época do marketing 360 graus, ou seja, da publicidade que tenta investir em todas as frentes possíveis, simplesmente para tentar ao máximo encontrar o cliente certo, do jeito certo e na hora certa.
Até porque, o tráfego pago, mesmo tendo um custo, pode ser iniciado de modo bastante embrionário, conforme a disponibilidade de cada empresa.
Assim, se a marca lida com sala de reunião pequena, é possível investir valores menores e ir subindo aos poucos. Ao mesmo tempo, toca-se o blog e as redes sociais, com posts como “10 vantagens de alugar uma sala pequena para reunião”, por exemplo.
Aí está o segredo do sucesso. O que deixa claro quais são as diferenças entre o tráfego orgânico e o pago, bem como as razões para uma empresa investir em um deles, no outro ou em ambos ao mesmo tempo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.